03/11/2014
Imagem: Jesuino Souza, SXC Imagem: Jesuino Souza, SXC
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Os agricultores de São Paulo estão preocupados com o avanço do bicudo da cana. A praga se espalha pelas lavouras da região e para controlar a infestação, o custo tem sido alto.

A preparação para a próxima safra de cana já começou em uma fazenda com 500 hectares em Restinga, no nordeste de São Paulo. A aplicação de agrotóxicos é direcionada para a linha da plantação e não combate apenas a cigarrinha e a broca. O veneno é para controlar mais uma ameaça nos canaviais paulistas: o bicudo da cana. Ele é parecido com o besouro que ataca as plantações de algodão, mas com o dobro de tamanho.

É debaixo da terra, na parte da raiz, que a larva se esconde e se multiplica rapidamente. A fêmea coloca de 40 a 70 ovos. A praga fica até o início da fase adulta, faz buracos e causa a morte da planta.

A broca surgiu depois que a colheita passou a ser mecanizável e já se espalhou por 40 municípios. A Associação dos Produtores de Cana calcula que 60% dos canaviais da região sofrem com a infestação do bicudo.

Marcelo Ravagnane diz que para controlar a proliferação, o custo do veneno tem significado mais da metade do gasto com o cultivo. Ele colheu 87 toneladas de cana por hectare na última safra e não está otimista para a nova produção. "A gente ainda está esperando uma solução definitiva sobre o método mais eficaz de controle", diz.

As perdas podem chegar a 30 toneladas por hectare. Dependendo do tamanho da infestação, a recomendação é que as plantas sejam cortadas logo após a segunda colheita, com isso, o agricultor tem que renovar o canavial antes do prazo previsto, que é de cinco anos.

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